Wilson Lima convoca uma reunião com os secretários para planejar ações antecipadas contra a estiagem

foto: Diego Peres e Janailton Falcão

Na segunda-feira (6), o governador Wilson Lima convocou uma reunião com os secretários de estado para coordenar as medidas de combate à estiagem prevista para este ano e elaborar um plano de ação estadual para lidar com essa situação. De acordo com os dados levantados pelo Estado, há indicações de que a seca pode ser tão grave quanto a ocorrida em 2023. Lima instruiu as secretarias a planejarem antecipadamente para mitigar os impactos da estiagem, se ela se concretizar.

“Lideramos esta reunião de alinhamento com todas as secretarias envolvidas nas iniciativas de combate à estiagem e de apoio às comunidades que podem ser afetadas, seja economicamente ou ambientalmente, com desmatamento e incêndios. Queremos que todas as secretarias estejam preparadas para agir antecipadamente”, destacou Lima.

A reunião, liderada por Wilson Lima, contou com a presença do vice-governador Tadeu de Souza e de 30 secretários e gestores do Governo do Amazonas. O coronel Francisco Máximo, secretário executivo de Defesa Civil, apresentou uma análise sobre os indicadores climáticos para 2024.

“Os estudos hidroclimatológicos indicam que é praticamente descartada a possibilidade de enchentes este ano. Isso nos preocupa ainda mais, pois os rios não terão tempo suficiente para se recuperar durante a vazante, o que compromete a navegabilidade das embarcações”, explicou o chefe da Defesa Civil.

Desde janeiro, a Defesa Civil tem organizado reuniões com diversos setores, como indústria, comércio, poder público, empresas de telecomunicações e fornecedoras de água e energia, para fornecer informações e coordenar medidas preventivas diante da possibilidade de outra estiagem severa em 2024.

Os níveis dos rios em todas as bacias do Amazonas estão abaixo do esperado para esta época do ano, em comparação com anos anteriores. Por exemplo, nesta segunda-feira, a cota do rio Negro atingiu 25,57 metros, enquanto nos anos anteriores, nessa mesma data, registrou-se 27,33 metros (2023), 28,99 metros (2022) e 29,30 metros (2021).

Entre as medidas consideradas urgentes estão a dragagem dos rios, que será realizada pelo Governo Federal por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); manutenção de portos e aeroportos; controle da qualidade do ar; garantia de acesso à água potável; e ações para evitar o desabastecimento de combustíveis, comércio e comunicações.