No último trimestre de 2023, cerca de 7,4 milhões de famílias brasileiras, o que equivale a 9,4% do total, enfrentavam algum grau de insegurança alimentar moderada ou grave, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente.
Esses números alarmantes indicam que mais de 7 milhões de lares enfrentam desafios relacionados à redução na quantidade de alimentos consumidos ou à alteração nos padrões de alimentação, afetando aproximadamente 20,6 milhões de pessoas.
A pesquisa do IBGE utiliza um questionário que investiga a situação alimentar dos domicílios nos 90 dias anteriores à entrevista. É importante ressaltar que os dados são analisados com base no contexto familiar, não individualmente.
Os domicílios são classificados em quatro níveis de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Aqueles com grau de segurança alimentar garantem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente.
Segundo o IBGE, cerca de 56,7 milhões de famílias brasileiras (com aproximadamente 152 milhões de pessoas) encontram-se nessa situação de segurança alimentar.
A insegurança alimentar leve afeta aproximadamente 14,3 milhões de famílias (ou 43,6 milhões de pessoas), caracterizando-se por preocupações ou incertezas em relação ao futuro alimentar e consumo de alimentos de qualidade inadequada, sem afetar a quantidade.
Já a insegurança alimentar moderada atinge cerca de 4,2 milhões de famílias (com 11,9 milhões de pessoas), evidenciando redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou mudanças nos padrões de alimentação devido à falta de alimentos.
Por fim, a insegurança alimentar grave é a situação mais preocupante, envolvendo redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões alimentares de todos os moradores, incluindo crianças. São cerca de 3,2 milhões de famílias, ou 8,7 milhões de pessoas, vivendo nesse cenário desafiador.
