Crescimento do Comércio Varejista: Análise de Vendas e Tendências em 2024

Análise Detalhada do Desempenho do Varejo no Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O comércio varejista do país registrou um aumento de 1% em suas vendas durante fevereiro deste ano, comparado ao mês anterior, marcando sua segunda elevação consecutiva após um crescimento de 2,8% em janeiro.

Este desempenho levou o setor a alcançar o seu pico histórico desde o início das medições em janeiro de 2000, ultrapassando o recorde anterior estabelecido em outubro de 2020.

De acordo com a última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11), o varejo expandiu-se em 8,2% em relação a fevereiro de 2023, acumulando um crescimento de 6,1% no ano e 2,3% nos últimos 12 meses.

Comparando com janeiro deste ano, seis das oito categorias do varejo experimentaram aumento: produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), outros itens de uso pessoal e doméstico (4,8%), livros, jornais, revistas e materiais de papelaria (3,2%), móveis e eletrodomésticos (1,2%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,5%), e tecidos, roupas e calçados (0,3%).

O pesquisador do IBGE, Cristiano dos Santos, apontou que o crescimento do varejo em fevereiro foi impulsionado principalmente por duas categorias que tiveram um desempenho abaixo do esperado em 2023. Uma delas foi o setor de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou um crescimento quase de dois dígitos (9,9%), impulsionado principalmente pela demanda por produtos farmacêuticos, em resposta a fatores regionais como um aumento significativo na procura por repelentes, devido à preocupação com a dengue.

A outra categoria que impulsionou o varejo em fevereiro foi a de outros itens de uso pessoal e doméstico, especialmente devido ao aumento das vendas em lojas de departamentos, que estão se recuperando após o fechamento de lojas físicas de grandes marcas durante a crise. Enquanto isso, as categorias que apresentaram queda foram combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

A receita nominal também apresentou crescimento, aumentando 1,2% em comparação com janeiro deste ano, 10,9% em relação a fevereiro do ano anterior, 8,2% no acumulado do ano e 3,6% nos últimos 12 meses.

No que diz respeito ao varejo ampliado, que inclui vendas de materiais de construção e veículos e suas peças, houve um aumento de 1,2% de janeiro para fevereiro. As vendas de veículos, motos, partes e peças cresceram 3,9% no período, enquanto os materiais de construção tiveram uma leve queda de 0,2%.

Comparando com fevereiro do ano anterior, o varejo ampliado cresceu 9,7%, com altas também no acumulado do ano (8,2%) e nos últimos 12 meses (3,6%). A receita nominal avançou 1,6% em comparação com janeiro, 11,9% em relação a fevereiro de 2023, 10,1% no acumulado do ano e 5,7% nos últimos 12 meses.